18 novembro, 2006

Manifesto pelos RECIFES ARTIFICIAIS MULTIFUNCIONAIS

Jefferson França
Cortando a própria carne pra ver realizado um sonho que é de todos: ondas perfeitas!
Parabéns Jeffinho!!

Jeffinho falando, ao lado dos representantes da comunidade de Pirtininga. No primeiro plano, Beg, um dos poucos lojistas do ramo do surfe que colocou sua tenda na praia, dando apoio à causa.

Tinha até onda abrindo em Piratininga. Poderia ter rolado um surfe treino pra atrair mais gente...

A primeira roda em prol da construção do recife artificial multifuncional... depois a rapaziada fez outra lá dentro... A energia do surfe colocando o sonho pra frente...

Galera das escolinhas de surfe da cidade.

09 novembro, 2006

Fundo artificial em Niterói?!



Mandei esse e-mail para os meus amigos ainda pouco, e pensei que valia à pena publicar aqui no Surfe Pensado também...


Meus amigos,

Peço desculpas por enviar essa mensagem pra vocês, que fazem parte dos meus contatos pessoais.

Mas estou ajudando uma pessoa que está colocando a sua vida em favor de um projeto que ele pode nem chegar a usufruir, ou pior, pode nem chegar a vê-lo realizado.

Mesmo que você não seja um viciado (ou um simpatizante) na arte de pegar ondas, fique com essa informação na cabeça, já que você certamente conhece alguém que gostaria de ver essa idéia se tornando uma realidade.

A idéia é a construção, na praia de Piratininga, de um recife artificial multifuncional.

No fundo, ao meu ver, trata-se de algo feito para criar ondas perfeitas. Mas, além disso, também serve para a pesca e para conter o avanço do mar sobre o calçadão de Piratininga, aquela praia que teve a sua restinga aniquilada por uma obra que visava sua urbanização (que idéia idiota!).

Aí, nesse domingo, dia 12 de novembro, às 09 horas da manhã, vai rolar uma manifestação pública para atrair a atenção da sociedade e do poder público para esse projeto. Será ali perto do toboágua, no início da praia de Piratininga mesmo.

Pra quem gosta de pegar onda, um aviso: o fundo da praia está novamente bom para a prática do surfe, e a previsão, segundo Jeffinho, é de ondas de meio metro.

O site da ONG Preammar é:
http://www.preammar.org.br/

Se você se lembrar de alguém que possa ficar interessado nessa informação, por favor, encaminhe essa mensagem. Eu estarei lá. Não tanto porque acho essencial a construção de um fundo artificial, já que vivemos num país e numa cidade onde faltam muitas coisas básicas que proporcionem uma vida com o mínimo de qualidade para todos. Mas porque eu tenho admiração pelas pessoas que colocam seus sonhos em prática. E o Jeffinho, antigo fabricante de pranchas de surfe em Niterói, é um desses. Então, eu acredito no sucesso da idéia, e apóio. Se der certo, serei um dos tantos que lá estarão surfando, pescando, aproveitando...

Peço novamente desculpas por tomar o seu tempo com uma mensagem aparentemente sem importância.

Abraços,

Claudinho.

12 outubro, 2006

Botando brasa na própria sardinha...

Sequência Dois: DXA!!!!!!
Surfe documentado no lugar onde eu aprendi a gostar de pegar onda, onde quando o mar tá bom eu pretendo estar. O Pampo, canto direito de Itacoatiara.
Foto: Alessandro High Art
Dica: César Aiello e Alessandro estão colocando as fotos que fazem em Itacoatiara pra vender na loja do big-rider Beg, a TSN. O site da loja é o www.tsnsurf.com; o e-mail do Beg é beg@tsnsurf.com - São mais de 5 mil imagens!
O Alessandro tem um site (em construção), agora é a Galeria Grandidéia: www.highart.com.br
Abraços!! Foi mal a falta de textos, portanto de pensamentos, no Surfe Pensado. Não tô na pilha.
Ah!! Zezão deu o alerta vermelho. Entre sábado (14/10) e segunda pode rolar Itapuca...

20 agosto, 2006

Paraíso


Paraíso do litoral sul fluminense pelas lentes do Léo, que tava andando pelo mato enquanto a rapaziada tava catando umas merrecas...

27 julho, 2006

Itacoá Ponto Com de volta

Cabeçalho do Surfe Pensado, desenvolvido pelo André Santanna, idealizador do Itacoá.com, sobre foto do amigo Guilherme Einloft, feita em Montañita, Equador, 1996, durante a nossa primeira e eufórica caída no pico. Em primeiro plano, o surfe pensante que vos fala. Sim, a onda é assim mesmo, sem golpe de vista ou efeitos...

O pioneiro saite de Itacoatiara, o Itacoá.com, de onde o Surfe Pensado surgiu, com a contribuição do André Santanna, está de volta.

Ainda em fase de teste, vale à pena a visita... Visual novo e novos canais na área, e as belas imagens do camarada André Cyriaco.

Cheguem lá!!

Confiram o arquivo do sitio antigo, nós estamos lá ainda. Valeu! Aperta aí!

Aproveitando... umas fotinhos mal escaneadas, ainda desse ano (a primeira é minha, tava na apresentação da então 'coluna', no itacoá.com, tá escura e é mais antiga, por volta de '98 e foi feita pelo amigo Fred). De onde?!
DXA!

Série pôr-do-sol - fev/março - 2006




18 julho, 2006

Coisas de Portugal

Faz algum tempo que eu penso em escrever e ‘viajar’ em algo que envolva Portugal, isso mesmo, o país, Portugal.

Sim, porque até conhecer algumas coisas de Portugal, através do Julio Adler e do grande e saudoso amigo Frederico “Fred” Caldas (que foi morar por aquelas bandas há mais de cinco anos e lá virou surfista), a nação era um motivo de piada ou o sinônimo de colonizadores que não souberam explorar e ocupar o rico território onde me encontro, onde nasci.

Coisas de Portugal?! É! A revista Surf Portugal; as palavras do Valente; o livro do Gonçalo (que o Fred mandou pra mim com autógrafo e tudo!!!!!)... Informações que me fizeram perceber mais uma das qualidades do surfe: o poder de (re)unir nações. Sim, porque depois de absorver esses conteúdos, de perceber que a galera do surfe de Portugal admira o surfe brasileiro, de ver sair de lá, um lugar onde o surfe é ainda mais novo do que aqui, uma revista genuinamente feita para surfistas, na nossa língua (sem subestimar a inteligência de ninguém!), eu me toquei que nós somos irmãos.

Falamos a mesma língua. Em muitos lugares daqui você vê um pouco de Portugal. Tem aquele velhinho que veio quando criança e fala aquele “purtuguêx” até hoje... Enfim... Do que adianta eu me ressentir por causa da colonização se não dá pra voltar no tempo?! Agora o barulho é nosso!

Graças à vida, às vivências, aos olhos abertos, eu vou me livrando de certos preconceitos... Paulistas não são mais tachados de “otários” há muito tempo, desde uma viagem pra Ibitipoca, onde conhecemos uma paulistada “da hora” (saudosos Alemão, Fernando {que tá velejando em algum açude do céu}, Dê, Fá etc.), que depois aplicaram a galera em Trindade (que é no Rio), no Túlio (mineiro que ficou fissurado em surfe e foi morar na Trindade, dono da pousada
Araribé, é o primeiro na água, sempre!). Otário tem em tudo que é lugar, seja do Rio (tem muito!), de Sampa, do Porto...

Nota de edição: Você usa a palavra "paraíba" para se referir negativamente a pessoas que te incomodam de alguma maneira?! Então é melhor parar amigo, isso é horrível! Já foi lá na Paraíba curtir as ondas da BARRA DE CAMARATUBA, CARDOSA, GERIMUM, TAMBA, DIQUE DE CABEDELO etc.?! Eu também não. Mas chega lá e "chinga" o cara que te rabeou de "paraíba" pra ver se vai pegar bem... Sugestão: troca por "prego", que, acho eu, não vai ofender ninguém.

De uns tempos pra cá veio essa reflexão em relação a Portugal, principalmente aos brothers portugueses (que conheço das letras) e que aprendi a admirar... Como se achasse um elo perdido da minha construção e da do meu país. Lembro da galera torcendo pra Portugal e pro Felipão nessa Copa, em coro, forçando o sotaque “Purtugal, Purtugal, Purtugal”. Tinha a maior galera aqui na torcida, principalmente depois que o Brasil perdeu. Talvez eu é que tenha me tocado disso meio tarde. Sei lá... Nunca é tarde. E o surfe segue me fazendo perceber certas coisas...

E eu fico feliz de saber que tem gente lá de Portugal que vem no Surfe Pensado, o blog
Ondas já citou o SP (apesar da gente provavelmente não ter correspondido à expectativa, e da entrevista com o Julio Adler ter atraído seus leitores de lá até aqui); outro doido de lá plagiou o SP... e tudo isso é muito legal! Ó pá! Grande abraço para todos! Estamos juntos!


Até!!


Canções para Setembro - por Gonçalo Cadilhe

Link para comprar o livro.

Texto do Cadilhe surrupiado do Goiabada – sempre! – nesse link!

Leiam Gonçalo Cadilhe - e implorem pela Surfe Portugal nas bancas brasileiras!

[Palavras do Julio: Escrevesse em inglês, Gonçalo seria reconhecido como surfista que melhor traduz essa nossa melancólica mania de reconhecimento.Gonçalo Cadilhe partiu para uma volta ao mundo limitada por terra e pelo Mar, de onde escreve colunas tão humanas quanto fantásticas para a revista Surf Portugal, a melhor publicação para quem tem algum apreço pelo idioma, e para o jornal Expresso, em sua revista semanal.O texto que tenho o prazer de dividir com voces foi escrito antes da jornada, quando a coluna ainda chamava-se "Pulsar das marés" - agora a maré pulsa em "sete mares".]

Palavras do Cadilhe:

Canções para Setembro

Ela era a menina que vem e que passa no caminho para o mar. Era a namorada do Verão, dos dias de sol sem vento, das praias sem barracas escondidas nas falésias. Havia sempre um perfume de pele jovem e bronzeada no contacto com o seu corpo, um sabor a sal nos lábios quando beijavam, um reflexo nos olhos dos reflexos de luz no mar.As ondas eram poucas, ondas de Verão, a prancha tinha menos uso dentro de água do que fora, espetada na areia. A prancha era quase um adereço, hoje diz-se um “optional”, servia essencialmente para dar consistência cromática a esse amor de meninos quase adultos. Os sorrisos, os corpos perfeitos da adolescência, os calções de banho coloridos, a leveza dos passos no caminho do mar e a prancha pintada com tintas primárias eram peças colocadas numa disposição estática e derradeira como a moral dos mosaicos bizantinos. Só que a resina, a fibra e a cera ficavam a apodrecer ao calor, mas quem se importava?Ela era a menina dos cabelos queimados pelo sol e das t-shirts gravadas com figurinhas de ondas enormes, mas a temporada não era de ondas grandes, o mar não exigia dedicação nem coragem, só presunção e aparência.

Faltavam meses para que as coisas se tornassem sérias, e quando chegasse esse momento o namoro iria perder a inocência. Não tinha ainda havido tempo para discussões, amuos, desilusões, enganos, mentiras. O Verão é demasiado curto para dar tempo a que outras pulsações subam à superfície, o amor de Verão é como navegar em águas doces e suaves ao luar. Ela sentava-se sempre na linha da maré à espera, vivia a praia com a mesma intensidade com que vivia o namoro do Verão. Dizia que nunca poderia habitar longe do oceano. Sentada na linha da maré a olhar o mar, parecia aos que passavam na estrada uma sereia frágil e dependente. Ela estava na idade em que as mulheres são perfeitas, em que os defeitos são apenas características, e qualquer característica passa por virtude.

Ele sabia, ou talvez só pressentisse, porque eram ambos demasiados novos para saber, que ela ia deixar uma marca, que as semanas iriam depois pesar como se tivessem sido anos. Eles não sabiam, mas o Verão vale tanto numa paixão como todas as outras estações juntas. Vieram depois as ondas de Setembro, e o frio das manhãs estalou a transparência cristalina do amor de Verão. Ele aparecia menos, chegava atrasado, estava com a mente algures, a paciência faltava. A intensidade das horas no mar no Outono era muito superior à intensidade das horas na praia no Verão. A idade não permitia atitudes comedidas, ele não soube direccionar os impulsos: toda a fogueira que arde na alma agora ficava reservada para o surf, não guardou nenhum bocadinho de fogo, nenhuma labareda, para o amor. Foi assim naquele Outono, é assim naquela idade. Demorava um ano para o próximo Verão, e quem sabe quantos anos ainda até a cabeça assentar...

***

Encontrei-a por acaso há dias. Eram as duas da tarde dum dia de chuva de Agosto. A menina que caminhava num balanço ainda hesitante para o mar é hoje uma mulher com os pés bem assentes na terra firme. Vive no Alentejo, entre searas e horizontes de luz. Tem dois filhos e um marido-amante no centro da sua vida. É feliz. Ainda canta, com a guitarra, a dicção impecável e a intensidade intacta, as canções de Jacques Brel e algumas bossas novas. Canta no alpendre, ao entardecer, quando o calor acalma, o marido regressa e a brisa volta a ondular as ervas das colinas do Alentejo. “Olhar para as colinas mata as saudades do mar”, disse-me com uma pontinha de mágoa nos olhos, com aquela tristeza de quem se apercebe à queima-roupa dos anos que já passaram. Eu retribuí a mágoa do olhar e fiquei em silêncio a pensar em tudo o que podia dizer, a pensar nas vidas que não tive, a pensar que aqueles filhos podiam ser meus, aquele marido-amante podia ser eu, aquelas colinas a ondular com o vento podiam ser tudo o que me restava de mar. Fica sempre tanto por dizer. Tu tens a tua família, a tua música, a tua quinta, eu ainda tenho as ondas de Setembro. E as paisagens do mundo à minha espera, para ir atravessando vezes sem conta, tentando não olhar para trás.

Gonçalo Cadilhe

13 junho, 2006

Itapuca - num bom angulo

Essa fotinho eu tirei do yorgut do Gustavo Pinto... não sei de onde ele arrumou, mas sei que não foi da recente ressaca do início de junho. Nesse angulo dá para os leigos terem uma boa noção do que acontece quando a ondulação consegue entrar, com força, na poça.

Até!

09 junho, 2006

É Zezão, você estava certo! Itapuca bombou!

Foto clonada do saite waves. Por André Cyriaco.
No primeiro plano, Jojó mostrando o que sabe, no domingo, 04 de junho de 2006.


Bem que o Zezão falou. Itapuca bombou! Alguém já viu coisa assim?! Nossa...

Veja um vídeo do swell!!

Lá do Waves, feito pelo Duda Brantes.

Alguém já viu ondas maiores na Itapuca?!

Até!

01 junho, 2006

Previsão do Zezão - visando Itapuca (ou Itaipuaçú) né muleque!



De vez em quando o Zezão manda a sua interpretação da previsão das ondas. Geralmente quando ela indica que o mar vai subir muito, e quando provavelmente a Itapuca vai quebrar... Vamos ver como ela vai se comportar ao longo desses dias... Será que vai dar Praião...?!

Fala aí Zezão:

Venho acompanhando as previsões desde o final de semana passado e verifiquei a formação de dois ciclones no Atlântico Sul. Um já se formou ontem e vai ganhar força no decorrer dos dias. É um dos maiores que eu já vi. Em seu "olho" terá ondas de 10m (30 pés), mas está muito no oceano, indo em direção da África. Mas sua "rebarba" vai atingir a costa do Rio vindo da direção de sudeste, a partir de sábado e com o auge no domingo. Hoje ainda é quinta, e as previsões podem ser alteradas, mas não tá muito longe, pois para sábado só faltam 48h, e a margem de erro tende a diminiur a cada dia.
Anexei as imagens de 12h (meio dia) da sexta, sábado e domingo. Domingo está indicando 2,5m de sudeste. Eles costumam exagerar um pouco (de meio a um metro), mas caso se confirme esse tamanho poderá quebrar até praião.
Coloco também o link do site do INPE, para que você possam acompanhar as previsões.

Clica aqui!

Boas Ondas,
Zezão.


Alguns links que achei de bobeira na rede que falam de Itapuca. Destaque para a presença das fotos do André Cyriaco em quase todos...

Link sobre Itapuca no Surf Line

Página do Márcio Mogli na grande rede sobre Itapuca

Itapuca no Surfers Village

Algumas matérias foram retiradas de saites como o Waves... vejam mais fotos de Itapuca, do amigo Cyriaco clicando... AQUI!

Boas ondas!!! Te vejo domingo no Praião...

31 maio, 2006

Mais Itacoatiara das antigas...

Essa eu não sei a data... tirei do iogurt do Pablo (foi mal irmão... a internet é assim mesmo, né...). Só não sei a data, apesar de dar pra ver que é um pouco antes da especulação imobiliária, que destrói Niterói a cada minuto, chegar, 'de bicho', à Região Oceânica. Não sei como podem falar do desenvolvimento turístico de Niterói se a cada dia tudo piora na cidade. Qualidade de vida aonde cara-pálida?!

Aproveito pra deixar um link para dois textos, um do Tutty Vasques, do saite No Mínimo; e outro, que ele indica, do pai da (gatinha) Maya, uma menina que anda por aí pegando altas ondas, realizando o sonho de 11 entre 11 surfistas que se prezem; e que tem na sua ancestralidade o tal parente próximo que não arreda o pé de lutar para que esse país de merda seja um dia um lugar melhor e mais honrado pra gente viver. Clica aqui e leia o texto do pai dela, um tal de Gabeira.

Até!

25 maio, 2006

Zona Surf


Mais um saite, dessa vez encontrado pelo Orkut... o Zona Surf. Lá encontrei fotos indescritíveis de Itacoatiara (entre muitos outros)... recentes, dando uma ótima idéia do que acontece de tempo em tempo dentro d'água... Alucinante!
19-04-2006
26-04-2006

23 maio, 2006

Portal das Ondas na área!


Conheci esse saite hoje. Gostei do boletim sobre as condições da querida Itacoá. Esse mar foi hoje, dia 23 de maio. Na foto aparece um bodyboarder surfando (ele tava dropando altas!). Eu, Duda e Rê fomos os primeiros na água! Tava um mar de respeito na minha visão. Foi bom ter investido na madrugada. Valeu! Deem uma olhada no Portal das Ondas. Eles têm um bom espaço livre e não aproveitado pra ocupar. Boa sorte!

16 maio, 2006

Mais uma de Itacoá...

O scanner deixou a foto um pouco torta... pôr-do-sol do final do verão - Itacoatiara 2006
Tá na cabeça de todo mundo: esse inverno promete!

03 maio, 2006

Textos antigos recuperados pelo google...

Shock 2004
Itacoá pôr do sol 2005

Montañita Equador 1996


Itacoá 2004

Noronha 2002

Noronha 2002

Martins...


O site Itacoá.Com está fora do ar... O Surfe Pensado nasceu lá e abaixo seguem alguns links achados na net que levam a endereços que ainda estão vagando na grande rede... Acima, fotos feitas por mim, algumas publicadas no Surfe Pensado...

Nos vemos! Até!

http://www.itacoatiara.com/2cn_sur-p.htm

http://www.itacoatiara.com/cn_sur-p.htm

http://www.itacoatiara.com/cn_sur-pm18.htm

http://www.itacoatiara.com/cn_sur-p-aloha.htm

Esse aqui acho que dá pra explorar bem: http://www.itacoatiara.com/cn_sur-pm.htm


06 abril, 2006

Esquerdas da Brava

Praia Brava de Arraial do Cabo. Por: MOTAURY

Não resisti quando vi no Waves essa fotografia. Entrei em contato com o Motaury, mandando lembranças de uma viagem para a Pororoca, pelo arquipélago do Marajó, quando a gente teve a oportunidade de trocar umas idéias (já leio o nome do cara em créditos de fotografias de surfe há décadas). Pedi pra publicar a foto e perguntei se ele tinha mais imagens desse dia (pra segunda pergunta ainda não tive respostas).

A Brava de Arraial é um lugar mágico, e mesmo tendo ido lá muitas vezes, foram poucos os dias parecidos com o da foto acima... (quando tinha muita onda a galerinha ficava pela Praia Grande mesmo, né). Peguei um mar parecido num dia cheio de neblina, com um quebra-coco meio pesado e uns caras botando pra baixo, dentre eles um coroa de pranchão, que, segundo ele, tinha acabado de voltar do Perú, e tava dropando só as séries, que insistiam em vir sempre no mesmo lugar, onde só ele ficava... algo que dá até nervoso de tentar lembrar e imaginar tamanha a qualidade das ondas.

Realmente, às vezes a gente se dá é bem... Que esses dias se repitam, e que a gente tenha disposição e preparo pra aguentar. Deixa!


04 abril, 2006

ITACOATIARA - 1971

Existe o sonho de um dia realizar uma pesquisa histórica e fotográfica da história do surfe em Niterói.

Já andei conversando sobre isso com algumas pessoas, mas ninguém leva muito a sério.

Essa foto serve de inspiração... Quem sabe um dia, quando a vida estiver ganha, a gente possa gastar o tempo dando o gás num projeto como esse, revelando imagens e histórias da nossa cultura... algo nada importante, pra maioria.


24 março, 2006

Recordar é viver...


Praia Brava de Arraial do Cabo (RJ) - 1993 - da esquerda pra direita: eu, fred e caruru. Foto feita pela Cris e enviada pelo Fred.

Nas discussões sobre futebol, a máxima do "recordar é viver" não vale, pois dizem que "quem vive de passado é museu". Adoro quando escuto isso. Mas na vida (futebol pra mim não é vida), recordar pode ser bem gratificante, ainda mais se existe a consciência de que o que passou, passou.

Falta gente nessa foto aí de cima: Raldrei (que aplicou a Brava pra galera), Tim e Bazin. Eu e Raldrei continuamos na ativa (modéstia à parte). Fred, que, ao contrário do que a foto aparenta, não surfava, hoje surfa, lá em Portugal (não deixa o mar nem no inverno). Caruru, que era surfista e skatista, acresentou uma pochete no contorno, e parou de ir atrás das ondas (um dia ele volta, se depender da galera, com pochete e tudo).

Poque, uma das únicas certezas que tenho na vida é a seguinte: o surfe é a verdadeira fonte da juventude. Não sei se alguém já disse isso antes, provavelmente já, mas o digo agora tirando conclusões pessoais, diria empíricas... Alguns usam; outros, espertos, abusam; e muitos, simplesmente esquecem ou não percebem esse segredo, e param. Cada um com seu cada um.

Hoje, estarei lá, no fim de tarde. Não dá para estar em todos, mas nesse eu vou!

02 março, 2006

Albert Falzon


"We are the measure
of all things.
And the beauty
of our creation,
of our art
is proportional
to the beauty
of ourselves,
of our souls"
Jonas Mekas
(quem é Jonas Mekas? acho que é esse aqui. clica!)



Engraçados os caminhos que nos levam a internet. Apesar de toda baboseira, exposição desnecessária, orkuts, papos íntimos que rolam através das teclas, mas que não se concretizam na vida real (há controvérsias), existem lados positivos.

Hoje, conheço mais profundamente o surfe, pela net; mais em relação a muito do que aprendi durante a época em que era um viciado em revistas. Sinto não perder nada, em conteúdo, pelo fato de não gastar mais um tostão com revistas.

Mal ou bem, as revistas estão na grande rede. E além das revistas existe uma infinidade de sites, que só existem nessas teias, e que trazem muita informação de qualidade.

Julio Adler, que tem uma disposição descomunal para surfar virtualmente, já virou uma espécie de guru (dizem que ele ainda bate na cara das ondas ali na Zona Sul carioca, e eu acredito). E é ele um dos responsáveis pelo meu engrandecimento no conhecimento do surfe, pelo aprofundamento de determinadas questões ou simplesmente pela oportunidade de ver um fato corriqueiro do mundo do surfe ser criticado até que venham à tona suas entrelinhas, seus verdadeiros significados. Ainda que, graças a Netuno, existam as saudáveis controvérsias.

Escrevo isso tudo só para chegar ao ponto de comentar que a primeira vez que ouvi (na verdade, li) falar do filme (FILME, e não vídeo!) “Morning of The Earth” foi no Goiabada; e aproveito para dividir com vocês, meus dois visitantes, que não devem estar lendo até aqui, a minha satisfação de ter feito contato direto com o autor da película em questão, Mr. Albert Falzon, que por generosidade e/ou interesse me enviou a recente edição em DVD da obra, com encarte autografado e tudo. Delírio!

Versão atual da película em DVD.

Tudo bem, isso já aconteceu há algum tempo. Mas, recentemente, recebi a resposta do já camarada (brasileiro é folgado pacas) Albe Falzon ,de um e-mail onde eu pedia uma entrevista, uma espécie de “quem és tu my friend?” “por onde adastes?” “para onde pretendes ir?” “o que tinhas na mente quando fez esse filme desbundante, essa obra cinematográfica dedicada ao alto astral de pegar ondas, antes da era das marcas, das logos...?”. E, não, ainda não tenho todas as respostas (quem as tem?!), mas, já recebemos com exclusividade algumas fotos e um relato dele sobre o início de tudo. Vamos nessa...

Albe Falzon - um pouco do início de tudo...

Albert Falzon - por ele mesmo
O texto segue sem tradução, praticamente como o recebi do próprio Albert Falzon.
Se alguém quiser que o texto seja traduzido, é só mandar uma mensagem através do blog ou direto para claudiodamatta@gmail.com


Me checking out the waves.
Foto dele quando criança, dando uma olhada nas ondas.
Grandfather (seu avô), father (pai) and grandmother (avó)...


...and the first house we lived in.
I lived for the first ten years in the top apartment on the centre house. My grandfather lived on the ground floor. His small garden is behindthe brick fence.
I lived here until i was 8 years old. Sometimes my grandfather would take me to the beachside pool. We travelled in a tram. The air was warm and friendly - it was summer. He loved to swim and would swim for hours from one end of the pool to the other. Gracefully he glided through the water.
Falzon is a maltese name however its source is phonencian. Five thousand years ago they were seafarers. My grandfather emigrated from Malta. He couldn't speak english. He loved music and growing flowers - dahlia's. He could play the piano, violin, harmonica and mandolin. His garden was ten feet by ten feet - everything else was concrete. He would grow dahlia's from bulbs then after the flowers died he would dig up the bulbs and plant them again next year. For the rest of the year nothing grew. The bulbs rested in a dark cupboard. He was kind, soft spoken and gentle.

* * *
Me with Nat Young and Bob Evans who taught me how to use a 16mm camera.
THE BEGINNING: I was always interested in how you could capture the light and beauty of the world. Living near the ocean when I was around fifteen years old gave me the opportunity to view the morning sunrise and the incredible light and colours that occurred during these moments of beauty.
Sometimes only lasting briefly they always left an incredible impression on me. I can understand now why Albert Einstein regularly - almost daily would go to his favourite park and sit and watch the light as it flickered and burst through the leaves of the trees.
I would do this after the sunrise when the early morning light would reflect off the ocean waves. I would spend hours dreaming and watching the beautiful light patterns and textures. It was also around this time that I started surfing. Perhaps to get closer to the light and watch the ocean change as the sun varied it position during the morning. I was always fascinated and sometimes transfixed when paddling through the lip of an incoming wave as jewels of water would just explode - often with the golden light of the early morning sunrise reflected in each droplet.
Even today I rise with the sun - often before to watch the first light rays of the day. It still fascinates me. Perhaps it makes me realise how truly wonderful and vibrant life in our universe is. As surfers we get glimpses of this immense beauty during those early mornings when most people are pre-occupied with mundane activities. If I was born two hundred years ago - and perhaps I was - I would have become a painter to try and capture those treasured moments.
In todays world the camera replaces the paintbrush and easel and in an instant captures the most extraordinary images. My first camera was a kodak box brownie and I very rarely left home without it. Sometimes with my friends we would travel along the coast and find new and exciting places to surf. I would take pictures and record our journey.

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Me on the left standing with first teacher - that's my dad in the centre with long trousers.

=========================Early crew - balsa boards. Me on second from left.

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The NEXT chapter...


Bob Evans filming in Africa.

People enter your life often unexpectantly and open the doors of perception. Like hidden angels they appear - to guide and assist you in your journey of transformation. The first was a kind man who taught me how to surf. The second was a man who made surfing films and taught me how to use a camera. Both are dead now, however they live in my heart and I know them to be very much alive through every breath I take.
Images leave a lasting impression. The early films of Bud Browne spoke to me in a way that sealed my path and direction. Images of classic island surf with tropical water and strong trade winds and most of all... fun.
The shore-break waves of Makaha captured the pure joy of surfing. After seeing those images as a young surfer with a new found passion in photography I was left with no other choice - I started to make a surfing film.
Blue Bay - Sepia.

My FIRST film...
I made a 8mm home movie of my surfing friends - in the camera – no editing. Then tried to charge them money to come and see the film. I was small, all my friends were big, they just walked through the door. After that I decided that I would just show films for free.
One of my first (and favourite) surf fotos of phil pearce - classic arch.

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My FIRST work experience...
Terry Gleeson was an artist. He owned a camera shop and smoked all the time. He was the nervous type. He taught me how to develop and print fotos and loaned me a 400mm telefoto lens to take better surfing photographs. After I learned how to work in the shop he stayed at home and painted. We built a darkroom in the back of the shop. When he was at home painting I was in the darkroom. The shop was empty most of the time. People would come in and go. He was painting and I was printing. Soon the shop closed - it didn't take enough money. He died of cancer when he was 44. I posted some of my surfing fotos to surfing world magazine.
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Midget Farrelly at Noosa.
Another early shot of midget at Crescent Head.
Big close out wave at Makaha "69 - the board in the foto is 11'6" long.


SURFING WORLD - Hawaiian adventures...
Bob Evans was a good friend of Bud Brownes. He would go to small coastal towns and screen Bud's films. If the surf was good he would take some movie footage for his own films. He asked me to come up the coast with my cameras and take photographs of the surfers he was filming for his magazine Surfing World... Our first trip was to Crescent Head and Angourie. We also went to Noosa. Midget came along. His style was smooth and flowing. Sometimes he looked like Phil Edwards. I often travelled with him up the coast - my fondest memories are of those crisp winter days - off-shore winds and cloudless blue skies. A slight chill in the mornings and always great waves... long clean lines.

A galera, em Crescent (crescent head).

Abastecendo o carro, em Crescent.

Every winter he would go to Hawaii. Then one year he couldn't and I went instead. He showed me how to use a 16mm bolex movie camera in one hour. I went to Hawaii with David Treloar and 5000 feet of film. It was David's first trip overseas. We stayed on the point at Makaha with Ernie and Evelon Thompson - Sean Thompson's father. He had been eaten by a shark whilest body surfing in Durban in South Africa. His arm was all bent out of shape. Ernie was Seans trainer and helped him to realise his dream. He was a generous man. He smoked too much. Hawaiian waves were very powerful. It took some adjusting for David. One day a hugh surf warning was issued... next day it was fifty feet and wiped out the north shore. The biggest surf for ten years. You could sit on the point at Waimea Bay and feel the ground tremble underneath as the sets closed out the bay. Makaha was the only place rideable. The surf went from eight feet in the morning to twenty feet by lunch time and closed out by mid afternoon. It was a great sight. One night we went to Waikiki to a night club. David accidently opened the car door and almost hit a big hawaiian. He was really angry and chased David around the car trying to catch him. I sat in the car horrified. David was so scared there was no way he was going to get caught. The hawaiian gave up and went on his way... we were both trembling for an hour afterwards... after that David always looked before opening the car door. FIM. VAMOS AGUARDAR NOVAS MANIFESTAÇÕES DE MR. FALZON