07 abril, 2011

Muitas revistas, muitas lembranças...

Revistas... deu pena deixá-las ir...




Recentemente entrei em contato com o Rico para checar o interesse dele em algumas revistas de surfe que fui acumulando ao longo da vida. Ainda que há muito tempo eu praticamente não compre mais revistas, elas já foram um dos meus objetos favoritos. Foram acumulando e a maioria eu guardei com carinho suficiente para que minha querida mãe não se desfizesse delas. Muito pelo contrário, ela guardou todas que achou como uma museóloga ou algo parecido. Fato é que mamãe precisa de espaço em casa e aquele armário debaixo da escada tava cheio das surf mags... E o Guru sempre fala: "Desapega, desapega de tudo...".

O Rico teve pronto interesse pois tem longo projeto de proteção à memória do surfe. Sei que ele tem uma coleção de pranchas que volta e meia é exposta por aí, muito legal. Quando eu crescer quero ter diversos tipos de pranchas, tipo igual eu vi numa foto do Derek Hynd em Jeffreys, no que seria um depósito com pranchas de variados estilos e formas e tamanhos. Sonho de consumo. Tanto as pranchas quanto o tempo para usá-las... Até prancha sem quilha ele usa... Tem uma história que o Julio contou que o Hynd ficou puto com o fato de terem colocado uma quilha no fundo das pranchas, limitando seus movimentos... (leiam Notas de um velho safado!). Sei lá!



Imagine, nem tive tempo para testar se a minha nova prancha ficava boa com quatro quilhas. Antes de poder experimentar de três pra quatro, a bichinha já trincou no meio, no fundo, bem ali no Pampo, num dia de ondas pesadinhas. Engraçado que eu pedi que ela fosse feita bem forte. As que eu fazia com Betôncio não quebravam assim não... Essa é de marca, mas já tá parada... nem terminei de pagar ainda. Vai falar que Itacoatiara não tem jeito?! Tenho uma 7'2" que já dura 06 anos.




Então o Rico teve pronto interesse e mandou o simpático Jorge, da Barra da Tijuca, no Rio, até Pendotiba, aqui em Niterói, meu bairro querido, que pra ficar perfeito só faltava ter altas ondas, o que é impossível pois fica a uns 25 quilômetros do mar (mas sempre imaginei altas quebrando depois daquela floresta, um pico secreto, bem aqui atrás da minha casa). Tudo bem, a gente precisa aprender a lidar com as limitações.




Espero que o Rico consiga fazer um grande museu do surfe e que eu tenha dado alguma contribuição, fruto do meu amor por essa tal prática de correr as ondas sobre uma prancha (que coisa inacreditável que a gente faz!). Guardei algumas pérolas ainda, que não consegui desapegar. Tenho uma Fluir Bodyboard com uma reportagem sobre a galera da "favela" de Itacoatiara com fotos alucinantes do meu pico preferido (não tirei foto dela). Eu sempre guardava minha mochila com a galera da "favela". Boas lembranças. Essa revista eu tenho ainda no plástico, comprada num sebo, assim como um ou duas Brasil Surf (essas devem ter ido no bolo do Rico, pois não vi mais...). Até comentei com a minha mãe que acho que daqui bom tempo essa edição da Fluir BB vai valer um dinheiro. Será?! Hein?!





Valeu Jorge e Rico! Abraço! Aloha!