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Série pôr-do-sol - fev/março - 2006
Nota de edição: Você usa a palavra "paraíba" para se referir negativamente a pessoas que te incomodam de alguma maneira?! Então é melhor parar amigo, isso é horrível! Já foi lá na Paraíba curtir as ondas da BARRA DE CAMARATUBA, CARDOSA, GERIMUM, TAMBA, DIQUE DE CABEDELO etc.?! Eu também não. Mas chega lá e "chinga" o cara que te rabeou de "paraíba" pra ver se vai pegar bem... Sugestão: troca por "prego", que, acho eu, não vai ofender ninguém.
De uns tempos pra cá veio essa reflexão em relação a Portugal, principalmente aos brothers portugueses (que conheço das letras) e que aprendi a admirar... Como se achasse um elo perdido da minha construção e da do meu país. Lembro da galera torcendo pra Portugal e pro Felipão nessa Copa, em coro, forçando o sotaque “Purtugal, Purtugal, Purtugal”. Tinha a maior galera aqui na torcida, principalmente depois que o Brasil perdeu. Talvez eu é que tenha me tocado disso meio tarde. Sei lá... Nunca é tarde. E o surfe segue me fazendo perceber certas coisas...
E eu fico feliz de saber que tem gente lá de Portugal que vem no Surfe Pensado, o blog Ondas já citou o SP (apesar da gente provavelmente não ter correspondido à expectativa, e da entrevista com o Julio Adler ter atraído seus leitores de lá até aqui); outro doido de lá plagiou o SP... e tudo isso é muito legal! Ó pá! Grande abraço para todos! Estamos juntos!
Noronha 2002
O site Itacoá.Com está fora do ar... O Surfe Pensado nasceu lá e abaixo seguem alguns links achados na net que levam a endereços que ainda estão vagando na grande rede... Acima, fotos feitas por mim, algumas publicadas no Surfe Pensado...
Nos vemos! Até!
http://www.itacoatiara.com/2cn_sur-p.htm
http://www.itacoatiara.com/cn_sur-p.htm
http://www.itacoatiara.com/cn_sur-pm18.htm
http://www.itacoatiara.com/cn_sur-p-aloha.htm
Esse aqui acho que dá pra explorar bem: http://www.itacoatiara.com/cn_sur-pm.htm
Não resisti quando vi no Waves essa fotografia. Entrei em contato com o Motaury, mandando lembranças de uma viagem para a Pororoca, pelo arquipélago do Marajó, quando a gente teve a oportunidade de trocar umas idéias (já leio o nome do cara em créditos de fotografias de surfe há décadas). Pedi pra publicar a foto e perguntei se ele tinha mais imagens desse dia (pra segunda pergunta ainda não tive respostas).
A Brava de Arraial é um lugar mágico, e mesmo tendo ido lá muitas vezes, foram poucos os dias parecidos com o da foto acima... (quando tinha muita onda a galerinha ficava pela Praia Grande mesmo, né). Peguei um mar parecido num dia cheio de neblina, com um quebra-coco meio pesado e uns caras botando pra baixo, dentre eles um coroa de pranchão, que, segundo ele, tinha acabado de voltar do Perú, e tava dropando só as séries, que insistiam em vir sempre no mesmo lugar, onde só ele ficava... algo que dá até nervoso de tentar lembrar e imaginar tamanha a qualidade das ondas.
Realmente, às vezes a gente se dá é bem... Que esses dias se repitam, e que a gente tenha disposição e preparo pra aguentar. Deixa!
Já andei conversando sobre isso com algumas pessoas, mas ninguém leva muito a sério.
Essa foto serve de inspiração... Quem sabe um dia, quando a vida estiver ganha, a gente possa gastar o tempo dando o gás num projeto como esse, revelando imagens e histórias da nossa cultura... algo nada importante, pra maioria.
Nas discussões sobre futebol, a máxima do "recordar é viver" não vale, pois dizem que "quem vive de passado é museu". Adoro quando escuto isso. Mas na vida (futebol pra mim não é vida), recordar pode ser bem gratificante, ainda mais se existe a consciência de que o que passou, passou.
Falta gente nessa foto aí de cima: Raldrei (que aplicou a Brava pra galera), Tim e Bazin. Eu e Raldrei continuamos na ativa (modéstia à parte). Fred, que, ao contrário do que a foto aparenta, não surfava, hoje surfa, lá em Portugal (não deixa o mar nem no inverno). Caruru, que era surfista e skatista, acresentou uma pochete no contorno, e parou de ir atrás das ondas (um dia ele volta, se depender da galera, com pochete e tudo).
Poque, uma das únicas certezas que tenho na vida é a seguinte: o surfe é a verdadeira fonte da juventude. Não sei se alguém já disse isso antes, provavelmente já, mas o digo agora tirando conclusões pessoais, diria empíricas... Alguns usam; outros, espertos, abusam; e muitos, simplesmente esquecem ou não percebem esse segredo, e param. Cada um com seu cada um.
Hoje, estarei lá, no fim de tarde. Não dá para estar em todos, mas nesse eu vou!
Engraçados os caminhos que nos levam a internet. Apesar de toda baboseira, exposição desnecessária, orkuts, papos íntimos que rolam através das teclas, mas que não se concretizam na vida real (há controvérsias), existem lados positivos.
Hoje, conheço mais profundamente o surfe, pela net; mais em relação a muito do que aprendi durante a época em que era um viciado em revistas. Sinto não perder nada, em conteúdo, pelo fato de não gastar mais um tostão com revistas.
Mal ou bem, as revistas estão na grande rede. E além das revistas existe uma infinidade de sites, que só existem nessas teias, e que trazem muita informação de qualidade.
Julio Adler, que tem uma disposição descomunal para surfar virtualmente, já virou uma espécie de guru (dizem que ele ainda bate na cara das ondas ali na Zona Sul carioca, e eu acredito). E é ele um dos responsáveis pelo meu engrandecimento no conhecimento do surfe, pelo aprofundamento de determinadas questões ou simplesmente pela oportunidade de ver um fato corriqueiro do mundo do surfe ser criticado até que venham à tona suas entrelinhas, seus verdadeiros significados. Ainda que, graças a Netuno, existam as saudáveis controvérsias.
Escrevo isso tudo só para chegar ao ponto de comentar que a primeira vez que ouvi (na verdade, li) falar do filme (FILME, e não vídeo!) “Morning of The Earth” foi no Goiabada; e aproveito para dividir com vocês, meus dois visitantes, que não devem estar lendo até aqui, a minha satisfação de ter feito contato direto com o autor da película em questão, Mr. Albert Falzon, que por generosidade e/ou interesse me enviou a recente edição em DVD da obra, com encarte autografado e tudo. Delírio!
Versão atual da película em DVD.
Tudo bem, isso já aconteceu há algum tempo. Mas, recentemente, recebi a resposta do já camarada (brasileiro é folgado pacas) Albe Falzon ,de um e-mail onde eu pedia uma entrevista, uma espécie de “quem és tu my friend?” “por onde adastes?” “para onde pretendes ir?” “o que tinhas na mente quando fez esse filme desbundante, essa obra cinematográfica dedicada ao alto astral de pegar ondas, antes da era das marcas, das logos...?”. E, não, ainda não tenho todas as respostas (quem as tem?!), mas, já recebemos com exclusividade algumas fotos e um relato dele sobre o início de tudo. Vamos nessa...
Me on the left standing with first teacher - that's my dad in the centre with long trousers.
=========================Early crew - balsa boards. Me on second from left.
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The NEXT chapter...
A galera, em Crescent (crescent head).
Abastecendo o carro, em Crescent.